5 de julho de 2013

vida



hoje me pasmei pela notícia da morte de um homem da igreja da qual faço parte. ele estava praticando ciclismo quando foi atropelado por um ônibus; tinha apenas 40 anos de idade. eu não era próximo a ele, mas passei a admirar sua serenidade e seriedade após uma palavra sua numa reunião de jovens. meus avós foram minhas perdas próximas mais recentes, porém não é tão chocante a morte de quem já viveu por muito tempo. talvez esse seja o motivo desse abalo de hoje.
interessante a morte me fazer pensar na vida [certamente, não somente a mim]. mas nos últimos dias já penso sobre esta. um tanto quanto desiludido, confesso. tentando entender alguma coisa. [...] o que me deixa mais intrigado é perceber o quão transitória e breve é a vida. passamos tanto tempo nos esforçando para ter alguma coisa, buscando ser alguém... correndo atrás do vento! não estou valorizando a morte, embora a vislumbre esperançosamente, mas sinto que a vida está sendo muito resumida e, algumas vezes, deixando de ter valor. as obrigações impostas têm consumido a vida de tanta gente e tenho muito medo de acabar assim. estou ciente de que o medo não pode me paralisar e de que terei que cumprir com muitas obrigações, mas não quero murmurar como um trabalhador enfadado às vésperas de suas férias.
quero viver trabalhando para um amanhã melhor, mas me alegrando com o hoje. é difícil plantar boas sementes e entendo que tenho que continuar plantando, no entanto também aproveitando o sabor dos frutos de outras que já foram plantadas há algum tempo, senão eles estragam.
por incrível que pareça, esse pequeno texto tomou rumo distinto do inicial [li algumas coisas que escrevi anteriormente e me alegrei por não ter apagado esse blog!]. a metamorfose incessante me faz crescer. sei que preciso aprender que para tudo há um tempo certo. e preciso me esforçar para tornar realidade meu principal sonho: fazer alguém feliz. se eu alcançar isso, sei que, quando chegar a minha hora, haverá satisfação e lágrimas de alegria, ao invés do sufocante sentimento de perda.

p.s.: é, realmente gosto muito do livro de eclesiastes.

1 de junho de 2012

carta



os dias se vão, e só assim percebemos a diferença entre o que somos e o que fomos algum dia. alguns desses dias se tornam importantes e por isso merecem ser lembrados. não são como várias dessas datas comerciais, superficiais e que pouco me importam. são memoráveis porque influenciaram na construção de quem sou. e, geralmente, esses dias só se mostram marcantes posteriormente. será que algum de nós dois conseguiria imaginar, naqueles primeiros dias, o quão essa história seria duradoura?
se me pedisses para definir todo esse tempo em uma só palavra, eu diria aprendizado. por mais que seja um clichê [detesto clichês!], não vejo outro sentido para a construção de um relacionamento sólido. tudo que já vivemos, inclusive minhas falhas, me ensinaram muito! e o nosso amor vai se construindo baseado nisso tudo. até na nossa situação atual. mas apesar de que a distância de hoje pareça afastar, me sinto cada vez mais perto e ligado a ti.
ao Eterno, toda a minha gratidão! mesmo sem eu merecer, Ele te colocou em minha vida e mudou o rumo dos meus dias. por que sei disso? se eu conseguisse pensar apenas em mim quando reflito sobre o futuro, certamente eu poderia dizer que eu era o mesmo jethro.
a maior alegria desse dia de hoje, para mim, é sentir que esses são apenas os três primeiros de muitos anos contigo. amo-te, allana!

3 de janeiro de 2012

resoluções


"ano novo, vida nova, blá, blá, blá..." e por aí vai. frases como essa é o que mais se ouve em qualquer lugar, nesses primeiros dias de 2012. são inúmeras promessas (que têm por objetivo proporcionar alguma diferença na vida de quem as faz e que quase nunca são cumpridas) ou até mesmo novos propósitos que surgem no interior de muitos. é bacana que este seja um momento de reflexão. só que tenh uma dúvida que muito me inquieta: por que a mera passagem de um ano para outro tem tanto significado?
uma hipótese que crio para tentar entender é a comparação da vida a um planejamento anual escolar. novas metas, novas estratégias, correções aos erros... ao meu ver, é mais ou menos assim que muita gente vive a vida. e isso é bom! a simples tentativa de mudar e/ou melhorar já enobrece uma pessoa. creio que tudo na vida precisa ser aprimorado com o tempo. isso é que é crescer, amadurecer. mas por que a insistência em viver preso ao tempo? por que depender de um novo ano para se pensar e se fazer uma nova vida?
não é que eu julgue isso errado, porém acho estranho esperar o início de um novo ano para que se comecem novas idéias ou para que se iniciem mudanças de fato. para mim, mudanças devem simplesmente acontecer quando surge a necessidade de que aconteçam. mudanças internas, mudanças externas... as mudanças precisam independer de um ciclo temporal definido. buscar acertar hoje, e não apenas no ano que vem, é um presente que você pode dar a si mesmo e a outras pessoas a qualquer momento, sem se agarrar a datas. ultimamente, até os nossos desejos de coisas e emoções boas a outras pessoas têm se limitado a essa época de fim/início de ano.
brinde a si mesmo e às pessoas que lhe rodeiam com um novo ser, melhorado, como novos planos e novas conquistas, a qualquer instante! viva e perceba que o tempo existe para ser usado a seu favor, e não para que você viva correndo contra ele.

24 de dezembro de 2011

natal = amar = compartilhar

se o dia de hoje é para comemorar o nascimento de alguém, que tal tentarmos realizar alguns dos pedidos do "aniversariante"?

"ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente. este é o maior mandamento e o mais importante. e o segundo mais importante é parecido com o primeiro: ame os outros como você ama a você mesmo." palavras de Jesus, no evangelho de mateus 22:37-39.

ame e tenha uma ótima celebração do nascimento de Jesus Cristo!!

20 de março de 2011

"o fim da infância (1850-2009)"


a infância é uma ideia, uma abstração, um paraíso artificial. entenda como ela foi inventada e no que pode dar a sua desinvenção.

o conceito de infância faleceu em 7 de julho de 2009, vítima de causas múltiplas. consagrada no século 19, a ideia de uma etapa da vida protegida dos males do mundo já vinha com a saúde declinante havia 50 anos, atingida pela era da informação e pela expansão da adolescência, entre outros fatores. o que determinou a morte foi a participação de paris katherine no funeral de seu pai, o cantor michael jackson. ("ele foi o melhor pai que se pode imaginar", disse paris). bastou para que explorassem a imagem da menina de 11 anos, complicando uma vida que já não será fácil. não interessa se ela é criança - é uma celebridade como as outras. juridicamente, a infância sobrevive: vai até os 12 anos.
o obituário acima é uma provocação - se você acompanhou o caso, pode até argumentar que o fez somente por curiosidade. mas já faz pelo menos duas décadas que estudiosos da cultura contemporânea veem eventos como esse e concluem: a infância está desaparecendo.
não é que os seres humanos estejam engrossando a voz logo que aprendem a falar. a diferença é que esses jovens seres, que havia séculos habitavam um mundo que construímos para eles, há algum tempo vêm usufruindo dos prós e contras do universo dos adultos.
"a infância é um artefato social, não uma categoria biológica", escreveu o americano neil postman. provando que a infância era uma invenção cultural, o historiador alertava que a mesma sociedade que a criou poderia determinar o seu fim. no começo dos anos 80, ele via como principal ameaça o fato de adultos e crianças verem os mesmos programas de tv - nem imaginava a banda larga que viria pela frente. mas, já que o assunto é infância, sejamos didáticos: vamos começar do começo.

a invenção da infância
aos 13 anos, o príncipe alexandre, que ainda não era o grande, começou a ter aulas com aristóteles. aos 16, já comandava exércitos da macedônia. a transição brusca do banco da escola para a cela do cavalo é um bom exemplo de como os gregos e romanos viam seus jovens abastados: se vivessem o suficiente, poderiam adquirir alguns conhecimentos úteis e, assim que possível, deveriam estar aptos para todas as demandas do mundo adulto.
na idade média, a vida das crianças piorou. as que chegavam até a idade de conseguir segurar um instrumento de trabalho quase sempre aprendiam a profissão de seus pais. o acesso à educação ficou muito restrito: os mosteiros detinham o monopólio do conhecimento, e não tinham interesse em disseminá-lo para além de suas paredes. (fãs de o nome da rosa talvez se lembrem dos monges que morreram tentando ler um livro proibido.)
esse estado de coisas, estabelecido ali pelo século 5, só foi alterado com a invenção da imprensa, em 1439. sim, imprensa: o consenso entre os historiadores é de que ela é a mãe da infância, por ter permitido a popularização dos livros e o ressurgimento das escolas. como explica neil postman em o desaparecimento da infância: "em um mundo iletrado, não há necessidade de distinguir com exatidão a criança e o adulto, pois existem poucos segredos e são poucas as instruções para dominar a cultura cotidiana. em um mundo letrado, as crianças precisam transformar-se em adultos". gradualmente, aqueles serezinhos que nem constavam nos testamentos e que não ganhavam pão se os adultos tinham fome se tornaram investimentos de longo prazo. o burguês esperto que colocasse seus filhos na escola estava tão-somente buscando garantir o seu futuro.
justificado economicamente, o confinamento dos jovens em ambientes separados do dos adultos começou a suscitar sentimentos em pais e mestres, que passaram a acreditar que aquela parcela da população tinha "outra natureza e outras necessidades", nas palavras do historiador inglês j.h. plumb. o iluminismo e as revoluções burguesas inspiradas por ele transformariam essas boas intenções em conquistas reais: os novos códigos civis reconheciam as crianças como sujeitos com direito a proteções legais específicas e necessidades especiais.
mas havia outra revolução no meio do caminho: a industrial. as novas fábricas fizeram milhares de pais rever seus conceitos recém-estabelecidos para botar os pequenos a trabalhar e ajudar no orçamento familiar. foi preciso que uma ideia "inusitada e radical", como define postman, entrasse em vigor: o estado passou a se dar o direito de agir como protetor das crianças. e, com o governo no papel de tia da creche, a infância foi brincar tranquila.
em 1850, a transição está completa. o mundo, que era um só, virou dois: o das crianças e o dos adultos. é nele que se falam sobre diferenças entre classes sociais, morte, doença, violência, dinheiro e, o segredo mais bem guardado, o sexo. de assuntos como esses, as crianças deveriam ser poupadas, em nome de uma infância sadia.

tudo pela tela
assim como a imprensa é considerada a pedra fundamental sobre a qual se construiu a ideia de infância, a popularização da tv é considerada o princípio da depredação do prédio.
se o mundo letrado havia criado culturas separadas para adultos e crianças, assuntos de gente grande e gente pequena, ao reunir a família toda em volta de sua tela, a televisão voltou a aproximar esses dois mundos. ou melhor: como aquela criança mais velha que ensina palavrões para as menores, ela volta e meia transmitia conhecimentos que os pais preferiam que seus filhos ainda não soubessem. "o acesso das crianças a informações do mundo adulto transformou tudo drasticamente", garante joe kincheloe, coautor do livro cultura infantil e professor de estudos culturais e pedagogia na universidade penn state.
naquelas residências onde essas transformações nem foram sentidas como tão drásticas assim, além de amiga indiscreta, a tv acabou cumprindo o papel de babá eletrônica. é aí que entra na equação o que os especialistas chamam de pedagogia cultural corporativa - a parte da nossa criação realizada pela indústria do entretenimento. parece banal, mas era um fato inédito na história do nosso desevolvimento. se antes as memórias de infância eram criadas sob a supervisão dos pais ou na companhia de outras crianças, agora elas vinham da tv, da música, dos filmes. "por decisão ou omissão dos pais, mais e mais experiências dos nossos filhos são fruto de conteúdos produzidos por corporações comerciais", diz kincheloe.
é inegável que as gerações que cresceram na frente da tv tiveram acesso a um volume de informações muito maior do que as anteriores - sem fazer juízo de valor sobre essas informações, que poderiam ser fofocas sobre a filha do michael jackson. a verdade é que a quantidade de tempo na frente da tela foi aumentando a cada década, chegando ao ápice nos anos 90. e então ela começou a cair. para desespero dos pais, porque agora as crianças podiam aprender o que quisessem em outra tela, a do computador.
nas últimas páginas de o desaparecimento da infância, neil postman faz uma ressalva: "a única tecnologia que tem potencial para sustentar a necessidade de infância é o computador". e explica: "para programar um computador, é preciso, essencialmente, aprender uma linguagem. isso significa que é necessário dominar complexas habilidades analíticas [grifo meu] semelhantes às exigidas de uma pessoa plenamente alfabetizada, e para isso é indispensável treinamento especial". bom, hoje muitos estão na internet antes de plenamente alfabetizados, tendo acesso a muito mais informações do mundo adulto - uma expressão que, nessa altura do século 21 e do texto, já não faz mais nenhum sentido.

tobogã abaixo
o que a imprensa colocou de pé a tv e a internet vêm colocando de lado, mas não é só na busca por informações antes exclusivas que podemos detectar sinais do fim da infância.
a consagração da adolescência como a melhor, a mais divertida e inesquecível idade para todos os seres humanos, uma ideia que começou a pegar nos anos 50, também exerce uma pressão para que as crianças deixem logo de sê-lo. em linguagem de marketing, ser jovem é "aspiracional", algo que as pessoas aspiram, almejam, desejam. para suprir essa demanda anteriormente reprimida no estereótipo sem graça de "pré-adolescente", marqueteiros criaram o rótulo tween - um trocadilho com between ("entre") e teen ("adolescente") para inserir todo tipo de produto voltado a quem antes eram crianças de 9 a 12 anos.
os ídolos desse público podem se comportar de forma pudica, como os vampiros virgens de crepúsculo, mas, na vida real, o apelo sexual é aproveitado assim que possível. miley cyrus, 16 anos, se faz de santa no seriado hannah montana, mas posa sensual na capa das revistas. a própria xuxa achou que a princesa sasha, 10 anos, já estava precisando de um príncipe, e promoveu um concurso para escolhê-lo. o vencedor foi bruno mesquita, 15 anos, que faz o estilo "jonas brother", e os dois vão fazer par romântico em um filme.
a pressão para se tornar adulto nos relacionamentos também se reflete no campo profissional. crianças de 3 anos já estão aprendendo um segundo idioma, e as que entram no ensino básico já têm uma agenda lotada de cursos, aulas extras, grupos de estudo - nenhum pai quer que seu filho fique para trás. nos eua já há um movimento para que as escolas públicas passem menos dever de casa.
a ética profissional é incutida cada vez mais cedo. quando a menina maisa, 7 anos, teve problemas com seu chefe, sílvio santos (recapitulando: ele a fez chorar duas vezes e a prendeu dentro de uma mala), seus pais logo trataram de esclarecer que ela não deixaria de cumprir os seus contratos com o sbt.
e o que dizer do caio werneck, 9 anos, zagueiro do roma, da itália? casos como o dele, de crianças negociadas com times do exterior, são cada vez mais comuns. caio já tem uma profissão definida, a mesma que seu pai seguia, deixando a escola em segundo plano. como na idade média, quando não havia infância.

ânsia de infância
por mais que todos os programas de tv educativos e as cantigas politicamente corretas queiram, uma corrente muito forte na outra direção leva a crer que a infância clássica está com os dias contados. o que fazer? para kincheloe, a mudança tem de começar onde tudo começou: "as escolas têm de ser reformuladas desde os seus fundamentos". o currículo é organizado como se as crianças aprendessem sobre o mundo na sala de aula, ignorando todas as informações disponíveis fora dela. para ele, é preciso um modelo de infância que entenda que a crianças podem, querem e vão aprender sozinhas. "as crianças pós-modernas não pedem permissão dos adultos para aprender", diz.
quanto antes se reconhecer isso, melhor. afinal de contas, pais e mestres não deveriam esperar a indústria de celebridades passar dos limites para serem lembrados que as crianças não são mais tão infantis.


texto retirado da revista 'superinteressante', de agosto/2009, escrito por emiliano urbim.

31 de dezembro de 2010

olho nu.


tenho uma grande dificuldade da qual gostaria de me livrar. e não é como esses 'maus costumes' que geram inúmeras promessas de fim de ano, que, se realmente aparentam vingar, duram, no máximo, umas duas semanas. é um incómodo que até já me tirou o sono, bastantes vezes.
chorar, que para muitos indica fragilidade, para mim é algo engrandecedor. e raro, no meu caso, pois desde que me entendo como um ser maduro [coisa que, segundo muitos, ainda tardarei a alcançar], conto nos dedos as vezes que consegui transformar uma emoção em lágrimas. e não sei, ao certo, o porquê. só consigo relacionar às repetidas vezes que me privei de chorar para parecer forte, principalmente no início da adolescência. e então fui ficando assim, meio ressequido, embora esporadicamente
, "do nada", me flagro com essa sensação chata, que parece não querer passar.
já fazia uns meses que sentia essa "fadiga" e, por esses últimos dias do meu 22° ano de vida, amoleci. [...] hoje, chorei, assistindo 'toy story 3' [mas que trilogia fantástica!!]. mesmo sem entender o porquê, foi bacana sentir que as poucas gotas salgadas pareceram lavar mais que apenas os olhos.
espero, um pouco insatisfeito, enquanto isso muda. só não quero ficar como o meu pai, que não pode assistir a um mero programa de televisão, desses dominicais, cheios de quadros semelhantes ao "arquivo confidencial", que já começa a fungar, soluçar e tentar disfarçar, como se fosse com ele.

p.s.: se não tivesse escrito isso, eu diria "que texto emo!". sério...! [hehe!]

23 de dezembro de 2010

então, é natal?


há dias penso nesse texto e, agora, nem sei por onde começar. pelo teor da tirinha [retirada e adaptada do blog dr. pepper, o qual não aconselho, principalmente a moralistas e menores de 18 anos], dá para se ter uma idéia. só que, bem longe de extremistas que querem abolir a figura do 'papai noel', como nathan grills, um "pesquisador" que, inacreditavelmente, publicou um artigo em uma revista científica só para isso, ou de igrejas que se dizem cristãs, e, no entanto, enchem as cabeças dos fiéis de ideologias bobas, pretendo, somente, instigar uma reflexão para o real significado dessa data.
minha preocupação é o rumo que as coisas estão tomando. e não é de hoje que as comemorações de fim de ano causam um grande rebuliço; porém, já notou que, a cada ano, mais cedo se iniciam as vendas, tendo como tema o "natal"? lembro-me que, poucos dias após o 'dia das crianças', fui surpreendido por pisca-piscas, guirlandas e 'papais noéis' enfeitando a fachada de muitas lojas. "mas o comércio tem que vender!", você me diz; então, eu tenho que virar marionete dele?... não, mesmo! é muito legal receber presentes [mesmo que sejam de si mesmo, como fiz esse ano], mas será que estes têm, realmente, algo especial? e será que vale a pena passar todo o ano seguinte pagando dívidas adquiridas nessa época? de modo algum recrimino a doação e a troca de presentes, uma vez que é saudável e deve ter sido inspirada nos presentes ofertados a Jesus pelos reis magos. entretanto, eu mesmo já recebi presente natalino de alguém que o deu, praticamente, por obrigação. embora eu fosse apenas uma criança, percebi e não foi legal...
há ainda o [geralmente hipócrita] clima de amor e paz. que bom que se pensa nisso, mas... por que só no natal? nas ruas, vejo pessoas cumprimentando outras, desejando coisas boas... mas só no natal? no dia em que eu vir sorrisos e cordialidade espalhados por aí, durante todo o ano, deixarei de pensar que é hipocrisia.
e acima disso, penso na substituição dos valores. pergunte a alguém o significado do natal. certamente, poucas falarão em Jesus. e toda essa festa, luzes, presentes e afins não teriam valor se Ele não tivesse nascido, vivido e morrido por você.
dessa forma, te desejo, de coração [e não apenas porque foi uns dos poucos a ler isso, hehe!],
uma alegre e inesquecível celebração pelo nascimento de Jesus Cristo, o meu Salvador.

p.s.: clique na tirinha, para vê-la melhor.

3 de dezembro de 2010

"seja um idiota!"


"gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. putz! a vida já é um caos, por que fazemos dela, ainda por cima, um tratado? deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. no dia-a-dia, pelo Amor de Deus, seja idiota!
ria dos próprios defeitos. e de quem acha defeitos em você. ignore o que o boçal do seu chefe disse. pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia todos os dias, inseparavelmente, é ele. pobre dele...
milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho para tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? alguém que sabe resolver um problema familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana?
é bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. e daí, o que eles farão se já não têm por que se desesperar? desaprenderam a brincar. eu não quero alguém assim comigo. você quer? espero que não.
[...] tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade, que já é dura, piora, se for densa. dura, densa e bem ruim. brincar é legal. entendeu? esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar um banho de chuva. pule corda! adultos podem [e devem] contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único 'não' realmente aceitável.
teste a teoria. uma "semaninha", para começar. veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras.
acorde amanhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor, e transmitir isso adiante, ou sorrir. [...] bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração.
aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um sorvete gostoso, agora?"

adaptação de texto retirado de http://solomon1.com/ , onde é proibido pessoas perfeitas.

22 de novembro de 2010

"pós-divulgação".



em virtude do dia do biomédico, o c.a. do curso de biomedicina da ufpi promoveu a '1ª mostra científica de biomedicina', dia 20 de novembro, na praça da graça, em parnaíba-pi.
esse foi o motivo que nos levou, o professor fábio motta e eu, no dia anterior, ao programa 'flagrante', da tv delta, apresentado pelo carlsson pessoa [clique aqui para acessar seu blog], um jornalista empenhado na veracidade do fatos e na cobrança às autoridades, sempre buscando uma parnaíba melhor. no entanto, como o programa passa por volta das 6h00, poucos se dispuseram a lutar contra o sono e assistir-nos. sendo assim, eis o vídeo da nossa entrevista.
pena que o evento já ocorreu; mas, desde já, convido a todos a comparecerem à '2ª mostra científica de biomedicina', que, provavelmente, será realizada no final de 2011.

4 de novembro de 2010

perambulo.


não poderia terminar o mês de outubro sem falar das minhas viagens. [...] mas, como se percebe, terminou e não falei! então, para me redimir, começo novembro falando do que passou, como quem recebe o salário pelo mês de trabalho.
o início do mês não foi interessante, pois apesar de estar em casa ["eixo teresina-timon"], no aconchego do lar e no aperto do meu quarto, que nem existe mais, me recuperava de uma infecção que já me tirava o sono há algumas semanas [aproveito o ensejo para agradecer à allana, por ser a enfermeira-chefe, e ao ir. john, que pela 147ª vez estendeu seu braço de pai. obrigado por estes, Deus!].
perrengue superado, embarquei para o 12º congresso nacional de biomedicina, em recife-pe. baseado na viagem para a edição anterior do congresso, em belém-pa, 2008, imaginei que seria marcante. e foi. a bagunça de viajar de ônibus com colegas, passar novamente por fortaleza-ce, conhecer um pouco da beleza de natal-rn... isso tudo antes de chegar ao nosso destino!
o auge do meu "momento playboy" se deu assim que abri as cortinas da janela do hotel em recife e vi o mar. que vista! as primeiras frases da canção 'la belle de jour', do alceu valença, não saíam da minha cabeça. no outro dia, a abertura do congresso nos presenteou com uma linda amostra da cultura local, com danças como o maracatu, frevo, baião, entre outras. filmei tudo! até mesmo as palhaçadas com o erik. e ainda teve uma festa daquelas, com direito a champanhe e muita alegria! entretanto o que me cativou foi conhecer a história e as maravilhas de olinda-pe. e eis o porquê da imagem acima. embora a foto não seja minha, pude admirar tal vista, do alto da ladeira da misericórdia. a arquitetura colonial preservada encheu meus olhos e as cores me deixaram vislumbrado. e, então, senti moderada inveja do orgulho que aquele povo tem pelo que já foi vivido e por como vivem. ao meu ver, esse é um dos principais motivos pelo qual o nosso piauí é tão raquítico. quem dera ver, nalgum dia, essa concepção mudada e minha terra crescendo! enfim, pernambuco é lindo [puxa! só agora me toquei do trocadilho que, por acaso, fiz. legal!]. cada real investido, pelos meus pais [hehe!], foi recompensado.
encerrando minha turnê por um pedaço do nordeste, nada melhor do que minha terra às margens do rio parnaíba! e, para abafar meu breve desapontamento, por não poder ver o concerto do los hermanos em recife ou fortaleza, fui premiado pelo nenhum de nós, que cantou, numa noite esplêndida [em que eu até poderia reclamar, por ter sido causticante para meus tímpanos], todas as canções que fizeram, e ainda fazem, parte da minha vida. foi de arrepiar! o estranho é que, em 24 anos de carreira, eles nunca tinham tocado no piauí. espero que eles queiram, como disseram, compensar esse fato nos brindando mais vezes.
então, depois de tanta mordomia e satisfação, cá estou eu, de volta à cidade em que o vento não cessa, onde seminários, provas e tcc me esperavam ansiosamente. "feliz" fim de período, jethro!

p.s.: preferi não comentar sobre os transtornos ocorridos durante a viagem a recife, principalmente na volta, causados pela desorganização da empresa que promoveu a excursão. contudo [se alguém realmente ler até aqui], deixo uma dica: não viaje com a empresa de turismo '7 eventos' [de teresina-pi]! o que menos se quer numa viagem são incômodos como passeios cancelados, bloqueio do quarto no hotel antes do fim da estadia ou fatos semelhantes. por isso, repito e saliento: NÃO VIAJE COM A EMPRESA '7 EVENTOS'!