31 de dezembro de 2010

olho nu.


tenho uma grande dificuldade da qual gostaria de me livrar. e não é como esses 'maus costumes' que geram inúmeras promessas de fim de ano, que, se realmente aparentam vingar, duram, no máximo, umas duas semanas. é um incómodo que até já me tirou o sono, bastantes vezes.
chorar, que para muitos indica fragilidade, para mim é algo engrandecedor. e raro, no meu caso, pois desde que me entendo como um ser maduro [coisa que, segundo muitos, ainda tardarei a alcançar], conto nos dedos as vezes que consegui transformar uma emoção em lágrimas. e não sei, ao certo, o porquê. só consigo relacionar às repetidas vezes que me privei de chorar para parecer forte, principalmente no início da adolescência. e então fui ficando assim, meio ressequido, embora esporadicamente
, "do nada", me flagro com essa sensação chata, que parece não querer passar.
já fazia uns meses que sentia essa "fadiga" e, por esses últimos dias do meu 22° ano de vida, amoleci. [...] hoje, chorei, assistindo 'toy story 3' [mas que trilogia fantástica!!]. mesmo sem entender o porquê, foi bacana sentir que as poucas gotas salgadas pareceram lavar mais que apenas os olhos.
espero, um pouco insatisfeito, enquanto isso muda. só não quero ficar como o meu pai, que não pode assistir a um mero programa de televisão, desses dominicais, cheios de quadros semelhantes ao "arquivo confidencial", que já começa a fungar, soluçar e tentar disfarçar, como se fosse com ele.

p.s.: se não tivesse escrito isso, eu diria "que texto emo!". sério...! [hehe!]

23 de dezembro de 2010

então, é natal?


há dias penso nesse texto e, agora, nem sei por onde começar. pelo teor da tirinha [retirada e adaptada do blog dr. pepper, o qual não aconselho, principalmente a moralistas e menores de 18 anos], dá para se ter uma idéia. só que, bem longe de extremistas que querem abolir a figura do 'papai noel', como nathan grills, um "pesquisador" que, inacreditavelmente, publicou um artigo em uma revista científica só para isso, ou de igrejas que se dizem cristãs, e, no entanto, enchem as cabeças dos fiéis de ideologias bobas, pretendo, somente, instigar uma reflexão para o real significado dessa data.
minha preocupação é o rumo que as coisas estão tomando. e não é de hoje que as comemorações de fim de ano causam um grande rebuliço; porém, já notou que, a cada ano, mais cedo se iniciam as vendas, tendo como tema o "natal"? lembro-me que, poucos dias após o 'dia das crianças', fui surpreendido por pisca-piscas, guirlandas e 'papais noéis' enfeitando a fachada de muitas lojas. "mas o comércio tem que vender!", você me diz; então, eu tenho que virar marionete dele?... não, mesmo! é muito legal receber presentes [mesmo que sejam de si mesmo, como fiz esse ano], mas será que estes têm, realmente, algo especial? e será que vale a pena passar todo o ano seguinte pagando dívidas adquiridas nessa época? de modo algum recrimino a doação e a troca de presentes, uma vez que é saudável e deve ter sido inspirada nos presentes ofertados a Jesus pelos reis magos. entretanto, eu mesmo já recebi presente natalino de alguém que o deu, praticamente, por obrigação. embora eu fosse apenas uma criança, percebi e não foi legal...
há ainda o [geralmente hipócrita] clima de amor e paz. que bom que se pensa nisso, mas... por que só no natal? nas ruas, vejo pessoas cumprimentando outras, desejando coisas boas... mas só no natal? no dia em que eu vir sorrisos e cordialidade espalhados por aí, durante todo o ano, deixarei de pensar que é hipocrisia.
e acima disso, penso na substituição dos valores. pergunte a alguém o significado do natal. certamente, poucas falarão em Jesus. e toda essa festa, luzes, presentes e afins não teriam valor se Ele não tivesse nascido, vivido e morrido por você.
dessa forma, te desejo, de coração [e não apenas porque foi uns dos poucos a ler isso, hehe!],
uma alegre e inesquecível celebração pelo nascimento de Jesus Cristo, o meu Salvador.

p.s.: clique na tirinha, para vê-la melhor.

3 de dezembro de 2010

"seja um idiota!"


"gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. putz! a vida já é um caos, por que fazemos dela, ainda por cima, um tratado? deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. no dia-a-dia, pelo Amor de Deus, seja idiota!
ria dos próprios defeitos. e de quem acha defeitos em você. ignore o que o boçal do seu chefe disse. pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia todos os dias, inseparavelmente, é ele. pobre dele...
milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho para tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? alguém que sabe resolver um problema familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana?
é bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. e daí, o que eles farão se já não têm por que se desesperar? desaprenderam a brincar. eu não quero alguém assim comigo. você quer? espero que não.
[...] tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade, que já é dura, piora, se for densa. dura, densa e bem ruim. brincar é legal. entendeu? esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar um banho de chuva. pule corda! adultos podem [e devem] contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único 'não' realmente aceitável.
teste a teoria. uma "semaninha", para começar. veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras.
acorde amanhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor, e transmitir isso adiante, ou sorrir. [...] bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração.
aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um sorvete gostoso, agora?"

adaptação de texto retirado de http://solomon1.com/ , onde é proibido pessoas perfeitas.

22 de novembro de 2010

"pós-divulgação".



em virtude do dia do biomédico, o c.a. do curso de biomedicina da ufpi promoveu a '1ª mostra científica de biomedicina', dia 20 de novembro, na praça da graça, em parnaíba-pi.
esse foi o motivo que nos levou, o professor fábio motta e eu, no dia anterior, ao programa 'flagrante', da tv delta, apresentado pelo carlsson pessoa [clique aqui para acessar seu blog], um jornalista empenhado na veracidade do fatos e na cobrança às autoridades, sempre buscando uma parnaíba melhor. no entanto, como o programa passa por volta das 6h00, poucos se dispuseram a lutar contra o sono e assistir-nos. sendo assim, eis o vídeo da nossa entrevista.
pena que o evento já ocorreu; mas, desde já, convido a todos a comparecerem à '2ª mostra científica de biomedicina', que, provavelmente, será realizada no final de 2011.

4 de novembro de 2010

perambulo.


não poderia terminar o mês de outubro sem falar das minhas viagens. [...] mas, como se percebe, terminou e não falei! então, para me redimir, começo novembro falando do que passou, como quem recebe o salário pelo mês de trabalho.
o início do mês não foi interessante, pois apesar de estar em casa ["eixo teresina-timon"], no aconchego do lar e no aperto do meu quarto, que nem existe mais, me recuperava de uma infecção que já me tirava o sono há algumas semanas [aproveito o ensejo para agradecer à allana, por ser a enfermeira-chefe, e ao ir. john, que pela 147ª vez estendeu seu braço de pai. obrigado por estes, Deus!].
perrengue superado, embarquei para o 12º congresso nacional de biomedicina, em recife-pe. baseado na viagem para a edição anterior do congresso, em belém-pa, 2008, imaginei que seria marcante. e foi. a bagunça de viajar de ônibus com colegas, passar novamente por fortaleza-ce, conhecer um pouco da beleza de natal-rn... isso tudo antes de chegar ao nosso destino!
o auge do meu "momento playboy" se deu assim que abri as cortinas da janela do hotel em recife e vi o mar. que vista! as primeiras frases da canção 'la belle de jour', do alceu valença, não saíam da minha cabeça. no outro dia, a abertura do congresso nos presenteou com uma linda amostra da cultura local, com danças como o maracatu, frevo, baião, entre outras. filmei tudo! até mesmo as palhaçadas com o erik. e ainda teve uma festa daquelas, com direito a champanhe e muita alegria! entretanto o que me cativou foi conhecer a história e as maravilhas de olinda-pe. e eis o porquê da imagem acima. embora a foto não seja minha, pude admirar tal vista, do alto da ladeira da misericórdia. a arquitetura colonial preservada encheu meus olhos e as cores me deixaram vislumbrado. e, então, senti moderada inveja do orgulho que aquele povo tem pelo que já foi vivido e por como vivem. ao meu ver, esse é um dos principais motivos pelo qual o nosso piauí é tão raquítico. quem dera ver, nalgum dia, essa concepção mudada e minha terra crescendo! enfim, pernambuco é lindo [puxa! só agora me toquei do trocadilho que, por acaso, fiz. legal!]. cada real investido, pelos meus pais [hehe!], foi recompensado.
encerrando minha turnê por um pedaço do nordeste, nada melhor do que minha terra às margens do rio parnaíba! e, para abafar meu breve desapontamento, por não poder ver o concerto do los hermanos em recife ou fortaleza, fui premiado pelo nenhum de nós, que cantou, numa noite esplêndida [em que eu até poderia reclamar, por ter sido causticante para meus tímpanos], todas as canções que fizeram, e ainda fazem, parte da minha vida. foi de arrepiar! o estranho é que, em 24 anos de carreira, eles nunca tinham tocado no piauí. espero que eles queiram, como disseram, compensar esse fato nos brindando mais vezes.
então, depois de tanta mordomia e satisfação, cá estou eu, de volta à cidade em que o vento não cessa, onde seminários, provas e tcc me esperavam ansiosamente. "feliz" fim de período, jethro!

p.s.: preferi não comentar sobre os transtornos ocorridos durante a viagem a recife, principalmente na volta, causados pela desorganização da empresa que promoveu a excursão. contudo [se alguém realmente ler até aqui], deixo uma dica: não viaje com a empresa de turismo '7 eventos' [de teresina-pi]! o que menos se quer numa viagem são incômodos como passeios cancelados, bloqueio do quarto no hotel antes do fim da estadia ou fatos semelhantes. por isso, repito e saliento: NÃO VIAJE COM A EMPRESA '7 EVENTOS'!

23 de outubro de 2010

twitter.


tudo bem. pode rir, se quiser, tal qual a allana, quando viu que eu, que outrora apenas criticava, não resisti e agora faço parte de mais uma rede social.
mas tenho, nas possibilidades de aproximação a músicos estimados e de participar de promoções que só ocorrem por lá, minhas justificativas.
e como diria um dos meus heróis favoritos, "sigam-me os bons!"


21 de outubro de 2010

[in]decidido.


pobres mentes as que pensam que "a política" não presta e se desinteressam totalmente por isso. mal sabem que, adotando essa visão, estão sendo políticos, já que defendem um ideal. isso é política. e nada mais. portanto, ser realmente apolítico é, praticamente, viver em estado vegetativo. e, já que não sou um vegetal [será, mesmo?], resolvi explicitar meu descontentamento com a escolha para a ocupação do cargo mais importante da república: a presidência.
no primeiro turno dessas eleições, a escolha foi mais tranquila, já que pela quantidade de candidatos, pude escolher uma que se encaixou melhor à minha visão de administração e ao meu anseio por integridade e compromisso, pois, somente assim, serão realmente possíveis 'a ordem e o progresso', no brasil. mas os votos não foram suficientes para levá-la à segunda parte da disputa, onde os dois candidatos remanescentes se digladiam, através de ataques pessoais e atos corruptos [os famosos escândalos], pensando mais nos interesses dos seus próprios partidos do que nas necessidades do país.
assistindo às propagandas no 'horário eleitoral' e lendo sobre os projetos de ambos, ainda não consegui escolher. ambos tem visões e estratégias que não concordo e, até, que ferem princípios bíblicos. tento me concentrar e não me encher de paixão, como tantos que, principalmente nesses dias, discutem sobre o assunto e não admitem opiniões contrárias. só quero ser sensato, porque sei que meu voto tem muita importância.
ao menos, para governador do piauí já escolhi, pois o sílvio mendes [45] mostrou, como prefeito de teresina, que ainda há políticos que trabalham baseados no compromisso firmado com o povo, e não apenas no compromisso com os seus partidos e aliados políticos.
e apesar de tudo, de uma coisa estou certo: enquanto não pararmos de pensar apenas em nós mesmos e nossos próprios interesses, não escolheremos representantes que queiram fazer muito pelo brasil e pelo nosso estado, já que fazer pouco todos eles sabem.
que Deus nos ajude nos próximos quatro anos, pois "pior do que está", fica sim!

p.s.: vale a pena clicar na tirinha acima para vê-la melhor. foi [novamente] retirada do site ryotiras, onde sempre encontro tirinhas com humor bastante relativo [para não dizer sem noção!], bem ao estilo jethro.

31 de agosto de 2010

liberdade.


semana passada, assistindo ao programa eleitoral, uma candidata à presidência discorria sobre um de seus planos, quando ouvi a frase "liberdade para sonhar". falando assim, até se pensa "ah, todo mundo tem sonhos" ou "uma hora ou outra os sonhos se realizam", mas creio não ser tão simples assim. relatarei algumas experiências, vivenciadas por mim, que mais me mostram como sonhar é bom e como melhor ainda é a tentativa tornar isso real.
estávamos sentados na calçada, uns colegas e eu, ao fim de uma tarde de feijoada. no primeiro período do curso na universidade, poucos são realmente convictos do que querem. então, enquanto discutíamos sobre o futuro, resolvi perguntar se aquilo era uma vontade antiga, ou se eram novos planos.
- mas o que queriam ser quando criança? aquela vontade mais inocente, mesmo. eu queria ser jogador de futebol [não tardou muito para que eu descobrisse que não tenho habilidade suficiente para isso...] ou fotógrafo. e vocês?
- eu queria ser caminhoneiro, como meu pai.
- eu queria ser fazendeiro. não pelo dinheiro, mas pela vontade de criar uns bois, ter um trator, uma terra para plantar, sabe?
- ah, pois eu queria mesmo era ser bailarina. até fiz balé por um tempo, mas...
- cara, eu sonhava em ter uma bicicleta e ser um ciclista profissional.
[...] assim, a nostalgia "sentou" conosco por um tempo, mas não tardou a ser substituída pela lembrança de que tínhamos um trabalho a fazer e entregar após o fim de semana.
infelizmente, creio que a maioria pensa nisso apenas como sonho de criança. de fato, acabamos por ser instruídos a pensar que isso não faz parte da 'regra' da atual vida comum: nascer, estudar [a partir dos dois anos de idade até passar num concurso], trabalhar [de preferência como funcionário público], casar [ou não], ter filhos [no máximo dois], se aposentar e morrer. não estou sugerindo que de nada valha o esforço em estudar [longe disso!]; o que não vale a pena é limitarmo-nos a uma "vidinha" na qual deixamos de lado nossas verdadeiras satisfações; tenho como exemplo um conhecido meu, que passou a infância e a adolescência fascinado por aviação, louco por jogos e maquetes originais de aviões, bastante inteligente para ser um ótimo piloto e há algum tempo se formou em direito [e provavelmente será bem sucedido], talvez para não decepcionar os pais. posso estar enganado a respeito disso, entretanto um dia espero vê-lo pilotando um f-23 [hehe!].
[...] hoje, o toque do celular me acordou; e não foi o despertador. "que estranho o papai me ligar tão cedo", pensei antes de atender. não foi difícil perceber a voz emocionada, que logo disse: "jethro, a mamãe passou!". desde que me entendo por gente [ou algo parecido a isso], ouço minha mãe dizer que ainda teria o carro dela, para deixar de depender do meu pai, nisso. quando minha irmã e eu já podíamos "nos virar" melhor, há uns dez anos, minha mãe voltou a estudar. foi meio complicado para todos nós, porém ela persistiu, se especializou, conseguiu um emprego bacana e, depois de tanto empurrar carro "no prego", fez um sacrifício e comprou um carro, no ano passado, e resolveu tirar a habilitação. depois de reprovar algumas vezes na 'temida' baliza, não desistiu e hoje foi aprovada. "consegui, filhão!", disse, quase chorando [a senhora não disfarçou bem, mãe]. meu orgulho por ela ultrapassa os 100%.
apesar de ser uma banalidade para muitos, era o sonho dela. a determinação dela me motiva a buscar o que realmente quero, mesmo que o que faço agora seja um trampolim que me ajude a alcançar isso.
por mais que aos olhos dos outros seja uma bobagem, ainda que seja para auto-realização ou para "entrar para a história", como na tirinha acima, sonhe! e batalhe para que se torne real. se deixarmos de sonhar, nos tornaremos seres estressados, insatisfeitos e presos à rotina.

"perceber aquilo que se tem de bom no viver é um dom..." _ liberdade, marcelo camelo.

26 de julho de 2010

desabreviando.

- e ai blz
- blz!
- fz o q hj
- nd d+!
- bora da 1 role intaum
- afin n, vei!
- bora mlk os kra td taum indu tb
- dx p otra vz
- vai vacila
- d boa!
- flws intaum


quem nunca abreviou, "que atire a primeira pedra"! não que seja um pecado, mas, como se fosse um, a abreviação não dispensa ninguém, desde crianças, que, precocemente, têm "aprendido" a escrever em teclado de computador, deixando
de lado lápis e caderno de caligrafia [quem teve um desses?], a idosos, que se deslumbram e querem estar 'antenados' ao conhecer um novo mundo através de um monitor. antes fosse apenas as abreviações aprendidas nos livros de gramática!
com a justificativa de economizar tempo e espaço, as palavras estão diminuindo, as vogais sendo esquecidas e os acentos... "acentos? pontuação?
para quê? daqui a uns dias, tudo isso cairá em desuso, mesmo." enfim, tal pretexto se adequa bem ao mundo 'dinâmico' e estressante em que vivemos, onde a lei é: quanto mais rápido, melhor. entretanto, economizando tempo perdemos inteligência. bem, ao menos me senti assim [talvez seja só eu...]. cheguei a essa conclusão quando, há algum tempo, sentei para escrever um pré-projeto para meu tcc [trabalho de conclusão de curso]. não consegui escrever uma frase sequer sem ter que voltar para corrigir um 'que' ou um 'também'. esforço dobrado. resolvi, então, dali por diante, escrever ou digitar o mais correto possível para evitar embaraços futuros. devido isso, já fui por demais taxado de "professor de português", porém recuso me render à 'modernidade'.
e se pensarmos bem, mais que apenas frases ou textos, estamos abreviando conversas, convivência, relacionamentos, sentimentos. "aproveitando" o tempo e vivendo de maneira resumida e pobre, desfazemo-nos de vogais e acentos da vida, que são elementos que dão sentido a qualquer frase.
essa idéia [ou desvaneio, se preferires] não tem o intuito de crucificar os que assim escrevem, mas se isso te atrapalhar em algum momento, lembra que mudança é a minha sugestão. funcionou comigo!

4 de junho de 2010

um ano e três dias.


no último dia 1, completamos um ano de namoro. sinto-me realmente abençoado e creio, em Deus, que tudo isso perdurará. sem delongas.


"obrigado por esse primeiro ano ao meu lado, ensinando, aprendendo, cuidando e, acima de tudo, me fazendo feliz. que assim seja pela eternidade..." - eu.

"de dentro do teu barquinho"

por emanuella sousa [via msn]


desenhista que gosto bastante. me trouxe mais um pouco de alegria num dia em que, sinceramente, não queria estar aqui [queria muito ter ido a pedro II, ver a fernanda takai]. mas nada acontece por acaso. bem verdade...

22 de maio de 2010

ventania?

semana agradável, apesar de não ter acabado. na verdade, desde a semana passada sinto um vento bom. vento dos céus que recebe ajuda através do sopro de pessoas que querem me ver prosseguir; creio que até mesmo tomariam os remos nas mãos por mim, se não fosse o único a ter que fazê-lo. por eles e ela, resolvi olhar novamente para a bússola, e, por Ele, tomarei um novo rumo.
não bastasse isso, a chegada de boas novas. os entregadores não sabiam, mas traziam mais que uma brisa naqueles pacotes. no primeiro, acompanhava o alívio, depois de tanta insegurança quanto a sua chegada e quanto desembaraço que espero que ele [e um caderno] tragam. no segundo, um sonho de criança realizado, que será útil não apenas à minha memória, sempre nostálgica, mas também à minha criatividade, que anda bastante empoeirada e subestimada.
alegria, do mesmo modo, pela nova vida que chegará em breve [ashley, apoio, pela primeira vez, o ismaic e meu voto vai para 'valentina'] e pelo primeiro ano de vida de uma fofinha que muito me alegra, sem ter a menor noção disso [tenha um saudável e, como sempre, sorridente novo ano de vida, chloe love!].
somada a tudo, a possibilidade de um novo caminho acadêmico traz luz a essa parte do barco mal cuidada.
para finalizar, fiquei bastante feliz por poder sentir novamente o apreço de uma família que tão bem me acolheu e à qual, realmente e sem empecilhos, declaro amor.
pois bem, já que as brisas viraram esse vento, que venha uma ventania e me carregue!

21 de abril de 2010

ancorado.


Cara estranho - Los Hermanos

"Olha só, que cara estranho que chegou
Parece não achar lugar
No corpo em que Deus lhe encarnou
Tropeça a cada quarteirão
Não mede a força que já tem
Exibe à frente o coração
Que não divide com ninguém
Tem tudo sempre às suas mãos
Mas leva a cruz um pouco além
Talhando feito um artesão
A imagem de um rapaz de bem
Olha ali, quem tá pedindo aprovação
Não sabe nem pra onde ir
Se alguém não aponta a direção

Periga nunca se encontrar
Será que ele vai perceber?
Que foge sempre do lugar
Deixando o ódio se esconder
Talvez se nunca mais tentar
Viver o cara da TV
Que vence a briga sem suar
E ganha aplausos sem querer

Faz parte desse jogo
Dizer ao mundo todo
Que só conhece o seu quinhão ruim
É simples desse jeito
Quando se encolhe o peito
E finge não haver competição
É a solução de quem não quer
Perder aquilo que já tem
E fecha a mão pro que há de vir."


além de ter sido a primeira música que aprendi a tocar no violão [o que não significa que o saiba tocar bem], essa música expressa muito de mim. com exceção de alguns trechos, ela se assemelha a como me sentia há 5, 6 anos, quando a conheci, e, mais ainda, a como me vejo hoje.
me sinto parado, à deriva em meu barco ou, mais precisamente, ancorado, observando tudo e todos, sabendo que deveria estar me movendo, como eles, mas sem conseguir remar. prova disso é que não consigo pensar em nada criativo para escrever aqui [por isso a letra da música]. passei o mês de março em estado mental vegetativo. o mês de abril está praticamente findado e minha cabeça parece ainda estar de férias. por que?... eu mesmo não consigo entender, nem saber o que é essa âncora.
mas tenho fé que não demorará a mudar. peço apenas um pouco mais de paciência aos que me vêem tão desajustado e preso assim.

25 de fevereiro de 2010

em obras.

pontes ligam mais que caminhos. ligam pessoas, idéias. remando por aí, vejo muitas, de vários tipos. lendo 'traduzir-se', vi que uma ponte pode até ser, e bem, construída entre dois barquinhos, algo bastante curioso e incomum. esta me fez pensar nas outras que construí. ao meu ver, não sou um bom mantenedor das pontes, ao menos de certas.
não é recente a preocupação com algumas das minhas amizades. e não costumo incluir nessa classificação relacionamentos interpessoais corriqueiros. raramente, uma peculiaridade me cativa. só então me disponho a preparar os materiais para a obra. depois de pronta, o desafio é manter. fatores como a distância aumentada, as obrigações cotidianas, a maturidade e até novas pontes construídas causam grande descuido. logo, aquela ponte se rompe, e esses fatores continuam a complicar sua reconstrução. por mais que as desculpas tentem maquiar, a degradação é clara.
tenho olhado para trás e, principalmente arrependido, sonhado com uma nova oportunidade para colocar a mão na massa por pessoas especiais como wellington jr., alice saraiva, 'dona', naira janiery, dania, layane 'prima', natália (psicologia), carol viégas [como queria que lessem isso...!]. entretanto, preciso aprender que não sou um latifundiário para poder ter tantas pontes, além de me acostumar com o rumo das coisas e considerar que a escolha não é apenas minha.
mesmo assim, sou imensamente grato ao Pai por todas as pontes construídas e pelas poucas, porém bastantes importantes, que perduram e enchem meu barquinho de alegria.
[...] hoje, dediquei um bom tempo em uma nova construção. apesar de ser aniversário da pessoa que estava do outro lado, certamente esse não foi o motivo. destacaram-se o bom humor, que acelerou o ritmo da obra, e a franqueza, atribuindo solidez. espero que, quando finalizá-la, fique bem edificada.


"as palavras devem vir acompanhadas de ações, pequenos gestos cheios de sinceridade. se é difícil? em alguns casos, quase impossível. mas a tentativa de [...] fazer a fábrica funcionar, é o que nos torna mais humanos." _ traduzir-se, as meninas.

13 de fevereiro de 2010

prévia de 'carnaval'.

sexta-feira estranha. primeiro, pela enorme aparência com o sábado. segundo, devido o clima típico de despedida em final de período letivo. a diferença é que dessa vez eu fiquei.
seria bobagem, se não me sentisse jururu, como agora. não estava preparado para ouvir "fica bem" ou "se cuida" ao invés do tradicional [e nem sempre sincero] "boa viagem". a casa ficou espaçosa e sem graça. pressinto que essa semana, ou um pouco mais, tardará a findar.
[...] mas o silêncio começa a agradar. já ouço o princípio do som das folhas que o vento move. será proveitoso ler, visto que o violão está capenga, não mais tenho fones de ouvido e no televisor não para o samba-enredo e a ilusória alegria, pelo brasil.
e só para confirmar a estranheza desse dia, fui molhado por uma inspiradora chuva, depois da prova de citopatologia e de despedir-me da minha linda estrela. "o ritmo dos pingos ao cair no chão" foi um alento.

6 de fevereiro de 2010

'corinho'

a maneira que as pessoas levam suas vidas é comparável a meios de transporte. uns voando, outros no chão, esses aparentemente no controle, e alguns lidando com a corrente ou as ondas. há pouco percebi o quão interessante é o título desse blog... é que me serviu como uma luva essa metáfora do barquinho [obrigado, milaynne!]; de como me sinto agora.
não pude deixar de lembrar o quanto cantava ♪ "pedro, tiago e joão no barquinho", na minha primeira década de vida [puxa! até pareço um velho, me expressando assim]. a história contada por essa música me inspira pela confiança que esses homens tiveram num outro que disse: "tente mais uma vez." é bem verdade que não era apenas um outro homem, mas quem, depois de uma noite inteira de pescaria mal sucedida, voltaria ao lago mais uma vez só para 'ver se rolava'?
é, demorei a compreender o que aquele 'corinho' me diz. agora sei e sigo remando, flutuando..., certo de que posso confiar.

espero que tua curiosidade te leve a ler, clicando aqui, o final dessa história (versículos de 1 a 11); talvez possas aprender algo, assim como eu.

5 de fevereiro de 2010

Ao cara do barquinho

Ah, lá se vai o cara do barquinho,

Ele leva com seu barco as ondas dos meus cabelos

E o vento, guia suas velas para onde?

Ah, lá se foi o cara do barquinho

Seguiu rumo ao seu horizonte

Deixou comigo o conforto do seu laço

Levou consigo a certeza do meu abraço.

por milaynne, 2010

4 de fevereiro de 2010

"toma os remos nas mãos..."

hora do início de algo novo. hora de mudança.
há algum tempo essa idéia me incomoda; então resolvi escrever. expor o que penso, de forma simples e honesta. até mesmo para me conhecer e me descobrir. creio que isso me fará bem, além da tentativa de me tornar mais criativo. como já disseram bastante, preciso "me virar". e apesar de parecer, não encaro isso como apenas a criação de mais um blog. está mais para a tomada de um novo rumo.
aqui tentarei escrever o que sinto 'dentro do meu barquinho' e como daqui vejo as pessoas, as cores, os sons, o cheiro... a vida lá fora.
hora de remar e esperar que bons ventos passem para que eu levante a vela.