25 de fevereiro de 2010

em obras.

pontes ligam mais que caminhos. ligam pessoas, idéias. remando por aí, vejo muitas, de vários tipos. lendo 'traduzir-se', vi que uma ponte pode até ser, e bem, construída entre dois barquinhos, algo bastante curioso e incomum. esta me fez pensar nas outras que construí. ao meu ver, não sou um bom mantenedor das pontes, ao menos de certas.
não é recente a preocupação com algumas das minhas amizades. e não costumo incluir nessa classificação relacionamentos interpessoais corriqueiros. raramente, uma peculiaridade me cativa. só então me disponho a preparar os materiais para a obra. depois de pronta, o desafio é manter. fatores como a distância aumentada, as obrigações cotidianas, a maturidade e até novas pontes construídas causam grande descuido. logo, aquela ponte se rompe, e esses fatores continuam a complicar sua reconstrução. por mais que as desculpas tentem maquiar, a degradação é clara.
tenho olhado para trás e, principalmente arrependido, sonhado com uma nova oportunidade para colocar a mão na massa por pessoas especiais como wellington jr., alice saraiva, 'dona', naira janiery, dania, layane 'prima', natália (psicologia), carol viégas [como queria que lessem isso...!]. entretanto, preciso aprender que não sou um latifundiário para poder ter tantas pontes, além de me acostumar com o rumo das coisas e considerar que a escolha não é apenas minha.
mesmo assim, sou imensamente grato ao Pai por todas as pontes construídas e pelas poucas, porém bastantes importantes, que perduram e enchem meu barquinho de alegria.
[...] hoje, dediquei um bom tempo em uma nova construção. apesar de ser aniversário da pessoa que estava do outro lado, certamente esse não foi o motivo. destacaram-se o bom humor, que acelerou o ritmo da obra, e a franqueza, atribuindo solidez. espero que, quando finalizá-la, fique bem edificada.


"as palavras devem vir acompanhadas de ações, pequenos gestos cheios de sinceridade. se é difícil? em alguns casos, quase impossível. mas a tentativa de [...] fazer a fábrica funcionar, é o que nos torna mais humanos." _ traduzir-se, as meninas.

13 de fevereiro de 2010

prévia de 'carnaval'.

sexta-feira estranha. primeiro, pela enorme aparência com o sábado. segundo, devido o clima típico de despedida em final de período letivo. a diferença é que dessa vez eu fiquei.
seria bobagem, se não me sentisse jururu, como agora. não estava preparado para ouvir "fica bem" ou "se cuida" ao invés do tradicional [e nem sempre sincero] "boa viagem". a casa ficou espaçosa e sem graça. pressinto que essa semana, ou um pouco mais, tardará a findar.
[...] mas o silêncio começa a agradar. já ouço o princípio do som das folhas que o vento move. será proveitoso ler, visto que o violão está capenga, não mais tenho fones de ouvido e no televisor não para o samba-enredo e a ilusória alegria, pelo brasil.
e só para confirmar a estranheza desse dia, fui molhado por uma inspiradora chuva, depois da prova de citopatologia e de despedir-me da minha linda estrela. "o ritmo dos pingos ao cair no chão" foi um alento.

6 de fevereiro de 2010

'corinho'

a maneira que as pessoas levam suas vidas é comparável a meios de transporte. uns voando, outros no chão, esses aparentemente no controle, e alguns lidando com a corrente ou as ondas. há pouco percebi o quão interessante é o título desse blog... é que me serviu como uma luva essa metáfora do barquinho [obrigado, milaynne!]; de como me sinto agora.
não pude deixar de lembrar o quanto cantava ♪ "pedro, tiago e joão no barquinho", na minha primeira década de vida [puxa! até pareço um velho, me expressando assim]. a história contada por essa música me inspira pela confiança que esses homens tiveram num outro que disse: "tente mais uma vez." é bem verdade que não era apenas um outro homem, mas quem, depois de uma noite inteira de pescaria mal sucedida, voltaria ao lago mais uma vez só para 'ver se rolava'?
é, demorei a compreender o que aquele 'corinho' me diz. agora sei e sigo remando, flutuando..., certo de que posso confiar.

espero que tua curiosidade te leve a ler, clicando aqui, o final dessa história (versículos de 1 a 11); talvez possas aprender algo, assim como eu.

5 de fevereiro de 2010

Ao cara do barquinho

Ah, lá se vai o cara do barquinho,

Ele leva com seu barco as ondas dos meus cabelos

E o vento, guia suas velas para onde?

Ah, lá se foi o cara do barquinho

Seguiu rumo ao seu horizonte

Deixou comigo o conforto do seu laço

Levou consigo a certeza do meu abraço.

por milaynne, 2010

4 de fevereiro de 2010

"toma os remos nas mãos..."

hora do início de algo novo. hora de mudança.
há algum tempo essa idéia me incomoda; então resolvi escrever. expor o que penso, de forma simples e honesta. até mesmo para me conhecer e me descobrir. creio que isso me fará bem, além da tentativa de me tornar mais criativo. como já disseram bastante, preciso "me virar". e apesar de parecer, não encaro isso como apenas a criação de mais um blog. está mais para a tomada de um novo rumo.
aqui tentarei escrever o que sinto 'dentro do meu barquinho' e como daqui vejo as pessoas, as cores, os sons, o cheiro... a vida lá fora.
hora de remar e esperar que bons ventos passem para que eu levante a vela.