31 de dezembro de 2010

olho nu.


tenho uma grande dificuldade da qual gostaria de me livrar. e não é como esses 'maus costumes' que geram inúmeras promessas de fim de ano, que, se realmente aparentam vingar, duram, no máximo, umas duas semanas. é um incómodo que até já me tirou o sono, bastantes vezes.
chorar, que para muitos indica fragilidade, para mim é algo engrandecedor. e raro, no meu caso, pois desde que me entendo como um ser maduro [coisa que, segundo muitos, ainda tardarei a alcançar], conto nos dedos as vezes que consegui transformar uma emoção em lágrimas. e não sei, ao certo, o porquê. só consigo relacionar às repetidas vezes que me privei de chorar para parecer forte, principalmente no início da adolescência. e então fui ficando assim, meio ressequido, embora esporadicamente
, "do nada", me flagro com essa sensação chata, que parece não querer passar.
já fazia uns meses que sentia essa "fadiga" e, por esses últimos dias do meu 22° ano de vida, amoleci. [...] hoje, chorei, assistindo 'toy story 3' [mas que trilogia fantástica!!]. mesmo sem entender o porquê, foi bacana sentir que as poucas gotas salgadas pareceram lavar mais que apenas os olhos.
espero, um pouco insatisfeito, enquanto isso muda. só não quero ficar como o meu pai, que não pode assistir a um mero programa de televisão, desses dominicais, cheios de quadros semelhantes ao "arquivo confidencial", que já começa a fungar, soluçar e tentar disfarçar, como se fosse com ele.

p.s.: se não tivesse escrito isso, eu diria "que texto emo!". sério...! [hehe!]

23 de dezembro de 2010

então, é natal?


há dias penso nesse texto e, agora, nem sei por onde começar. pelo teor da tirinha [retirada e adaptada do blog dr. pepper, o qual não aconselho, principalmente a moralistas e menores de 18 anos], dá para se ter uma idéia. só que, bem longe de extremistas que querem abolir a figura do 'papai noel', como nathan grills, um "pesquisador" que, inacreditavelmente, publicou um artigo em uma revista científica só para isso, ou de igrejas que se dizem cristãs, e, no entanto, enchem as cabeças dos fiéis de ideologias bobas, pretendo, somente, instigar uma reflexão para o real significado dessa data.
minha preocupação é o rumo que as coisas estão tomando. e não é de hoje que as comemorações de fim de ano causam um grande rebuliço; porém, já notou que, a cada ano, mais cedo se iniciam as vendas, tendo como tema o "natal"? lembro-me que, poucos dias após o 'dia das crianças', fui surpreendido por pisca-piscas, guirlandas e 'papais noéis' enfeitando a fachada de muitas lojas. "mas o comércio tem que vender!", você me diz; então, eu tenho que virar marionete dele?... não, mesmo! é muito legal receber presentes [mesmo que sejam de si mesmo, como fiz esse ano], mas será que estes têm, realmente, algo especial? e será que vale a pena passar todo o ano seguinte pagando dívidas adquiridas nessa época? de modo algum recrimino a doação e a troca de presentes, uma vez que é saudável e deve ter sido inspirada nos presentes ofertados a Jesus pelos reis magos. entretanto, eu mesmo já recebi presente natalino de alguém que o deu, praticamente, por obrigação. embora eu fosse apenas uma criança, percebi e não foi legal...
há ainda o [geralmente hipócrita] clima de amor e paz. que bom que se pensa nisso, mas... por que só no natal? nas ruas, vejo pessoas cumprimentando outras, desejando coisas boas... mas só no natal? no dia em que eu vir sorrisos e cordialidade espalhados por aí, durante todo o ano, deixarei de pensar que é hipocrisia.
e acima disso, penso na substituição dos valores. pergunte a alguém o significado do natal. certamente, poucas falarão em Jesus. e toda essa festa, luzes, presentes e afins não teriam valor se Ele não tivesse nascido, vivido e morrido por você.
dessa forma, te desejo, de coração [e não apenas porque foi uns dos poucos a ler isso, hehe!],
uma alegre e inesquecível celebração pelo nascimento de Jesus Cristo, o meu Salvador.

p.s.: clique na tirinha, para vê-la melhor.

3 de dezembro de 2010

"seja um idiota!"


"gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. putz! a vida já é um caos, por que fazemos dela, ainda por cima, um tratado? deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. no dia-a-dia, pelo Amor de Deus, seja idiota!
ria dos próprios defeitos. e de quem acha defeitos em você. ignore o que o boçal do seu chefe disse. pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia todos os dias, inseparavelmente, é ele. pobre dele...
milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho para tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? alguém que sabe resolver um problema familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana?
é bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. e daí, o que eles farão se já não têm por que se desesperar? desaprenderam a brincar. eu não quero alguém assim comigo. você quer? espero que não.
[...] tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade, que já é dura, piora, se for densa. dura, densa e bem ruim. brincar é legal. entendeu? esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar um banho de chuva. pule corda! adultos podem [e devem] contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único 'não' realmente aceitável.
teste a teoria. uma "semaninha", para começar. veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras.
acorde amanhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor, e transmitir isso adiante, ou sorrir. [...] bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração.
aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um sorvete gostoso, agora?"

adaptação de texto retirado de http://solomon1.com/ , onde é proibido pessoas perfeitas.